DAYANE MONTEIRO LEITE
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Músicas
Reflexão: Organizing degrowth: The ontological politics of enacting degrowth in OMS
17/06/2021
Vandeventer, J. S., & Lloveras, J. (2020)
No mundo atual, o desenvolvimento sustentável é um caminho inevitável. A ideia de que para crescer economicamente é necessário decrescer ambientalmente não obstante são mais associadas. Ainda que haja muitos conceitos de desenvolvimento sustentável apresentados ao longo dos anos, um dos que ganham destaque é o citado no Relatório Brundtland, que define o desenvolvimento sustentável como “aquele que atende as necessidades do presente, sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem as suas próprias necessidades” (Comissão De Brundtland, 1991, p. 47)
À medida que questões do decrescimento passa cada vez mais a ser discutida dentro das instituições, o OMS passa a explorar como essas organizações e as pessoas que fazem parte dela se comportam diante do contexto dos problemas sociais e como se organizam. James Scott e Javier Lloveras (2020) argumentam em seu artigo sobre como o decrescimento múltiplo assume diferentes formas à medida que circula entre as diferentes comunidades epistêmicas e dentro de suas respectivas fronteiras, arranjos institucionais, práticas e agendas.
Para os autores o decrescimento surge como um objeto sedutor para mobilizar e canalizar críticas no contexto de crises agravantes, incluindo a emergência climática e a sexta extinção em massa, desenfreada desigualdade e exploração, a frequência crescente de pandemias globais e o aumento do etnonacionalismo, racismo e violência.
Ainda citando Scott e Lloveras (2020), por meio de sua experiência como o decrescimento está sendo executado dentro das questões de Strategic Management of Studies, estes revelam três conjuntos de práticas que caracterizam os compromissos de decrescimento OMS existentes: estabilizações, reconfigurações e projeções.
Não há consenso sobre uma única interpretação correta do decrescimento em OMS. Em vez disso, como um limite e objeto múltiplo, o decrescimento é adaptado de forma flexível no curso do movimento de fronteira em curso, contemplando múltiplos significados (por meio de estabilizações), pois é adaptado a diferentes grupos (por meio de reconfigurações) e vinculado aos arranjos de trabalho existentes (via projeções) - tudo isso enquanto facilita o conhecimento colaborativo (Star, 2010).
Na tabela abaixo de autoria dos autores, podemos verificar os temas, sub-temas e exemplos apresentados por eles explicitando os conceitos de estabilização, reconfiguração e projeções.
O artigo contribuí com uma intervenção reflexiva para organizar o decrescimento de modo que continue sendo um conceito politicamente acionável em vários contextos, o decrescimento provou até agora ser muito elástico e flexível, permitindo múltiplas representações em diferentes configurações de fronteiras.
Vik Muniz
“Eu prefiro ser um cara que quer tudo e não tem nada, do que ser o cara que tem tudo e não quer mais nada. Porque sua vida, pelo menos enquanto você não tem nada e está querendo alguma coisa, ela tem um significado. Ela está valendo a pena ser vivida. No momento em que você acha que já tem tudo, você começa a procurar significado em outras coisas. Eu passei metade da minha vida querendo tudo e não tendo nada. E eu estou passando uma fase que eu tenho tudo e não quero nada. Eu começo ver as coisas de uma forma mais simples hoje em dia. Não tenho tanta ambição material como eu tinha antigamente. Eu era pobre, eu só queria ter coisas materiais, eu só queria ter coisas. E eu tive que comprar muita porcaria para poder me livrar desse complexo.”